Quando do fundo da noite vier o eco da última palavra submissa
E a patina do tempo cobrir a moldura do herói derradeiro,
Quando o fumo do último ovo de cianeto
Se dissipar na atmosfera de gases rarefeitos
E a chama da vela da esperança
Se acender em sol na madrugada do novo dia
Quando só restar na franja da memória
Lapidada pelo buril dos tempos ácidos
A estria da amargura inconsequente
E a palavra da boca dos profetas
Não ricochetear no muro do concreto
Da negrura sem fundo de um poço submerso
Sejais vós ao menos infância renovada da minha vida
A colher uma a uma as pétalas dispersas
Da grinalda dos sonhos interditos.
Arnaldo França (poeta cabo verdiano)
14 comentarios:
Cada vez admiro mais esta poesia que ainda não tinha o prazer de conhecer...
Que palavras, que sentimentos...
e a paisagem escolhida não podia ser a melhor...
"BRigados" querida EMA, por este post!!!!!
Obrigada querida Aveleneira, pela visita, pelo teu bonito comentário e pela amizade.
Beijinhos
Olá Ema,
Belíssimo este poema!
Uma agradável surpresa, este poeta cabo verdeano, (Arnaldo França).
Poesia de grande qualidade!
Beijinhos querida amiga
Olá, Ema.
Agradável surpresa, este nosso poeta cabo verdeano (Arnaldo França).
Muito belo este poema!
Gostei muito da perspectiva, como ele vê a sua infancia renascer em cada dia.
Belíssimo poema!
Beijinhos, querida amiga
Belo poema, cheio de actualidade!
que bonito amiga. Obrigado por mostrares poemas africanos com a lindeza que este tem.
beijinhos
Mais uma vez, ía jurar que já tinha deixado aqui um comment...
Não faz mal.
Pois se é para dizer o quanto me encantam estes teus ilustres desconhecidos.
Obrigado, só tenho que agradecer por esta riqueza.
Um beijo, Amiga de Fogo
Sim, belíssimo poema. Não conhecia.
A Cesária acompanha-o muito bem :)
Aigo Vieira Calado,
Obrigada por visitar o meu mail. O seu é uma maravilha e vou fazer um link aqui no meu.
Abraço
Olá Joana,
obrigada pela visita. Já irei postando mais escritos de poetas africanos.
Bjos.
Olá amiga gasolina,
Pois parece que algumas vezes as tuas mensagens desaparecem, será que se queimam com tanto fogo?
Beijinhos querida amiga
Amiga rhiannon,
Obrigada pela visita. Como pode ver o meu blogue está muito dedicado a postar coisas que têm que ver com África, a sua cultura e a sua música.
Beijinhos
Lindo poema, não conhecia.
E que bela música da grande Cesária.
beijinhos
Obrigada pela visita.
Tenho problemas hoje com o blogue.Nao sei o que fiz e desapareceram os links, tenho que ver onde meti a pata e nao devia.
Beijinhos
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