domingo, 26 de abril de 2009

Ruínas do Grande Zimbabwe







As Ruínas do Grande Zimbabwe são os restos de uma antiga cidade do sul de África. Esta foi o centro de uma poderosa civilização conhecida como o Império Monomotapa, um povo de grandes comerciantes. Na actualidade, além de ser um instrumento arqueológico importante, as ruínas são consideradas como santuário nacional do actual Zimbabwe, onde foi encontrado o símbolo nacional do país, o Pássaro de Zimbabwe. O nome de Grande Zimbabwe significa “casas de pedra,”, mas existem três teorias sobre a origem deste nome.
Entre os edifícios mais importantes está um forte no extremo da colina e um templo circular com uma torre cónica de 11 m. de altura. A Grande Zimbabwe foi uma enorme cidade do século XI cuja riqueza provém provavelmente do comércio do ouro. Esta cidade chegou a ter 10.000 habitantes no século XIII. Entre os seus edifícios destaca o palácio real, uma construção de enormes dimensões levantada com pedras e sem cimento, que foi descrita no seu diário de viagem pelo explorador português, Duarte (1517). As estruturas de pedra formam recintos amuralhados, alguns com mais de 10 m. de altura y, por último, neste complexo arqueológico, chama a atenção a Grande Muralha, construída aproximadamente no século XII. Uma importante parte da estrutura arquitectónica da muralha perdeu-se com a passagem dos séculos, embora parece que havia pelo menos três portas de acesso dotadas de dintéis. Nas formações rochosas próximas da antiga capital podem-se ver pinturas rupestres representando cenas de caça, com mais de 35.000 anos. Actualmente é considerado o jazigo arqueológico mais importante de África e o lugar foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO.

domingo, 12 de abril de 2009

Maravilhas de Botsuana



Os pans de Makgadikgadi, são vestígio de um imenso lago que cobria antigamente uma grande parte do norte de Botswana. Este lago era alimentado por rios que arrastavam sal proveniente de bacias hidrográficas. Os antigos terraços indicam que a profundidade podia chegar a 33 m. Devido a que a bacia não tinha saída, o sal concentrou-se nas depressões do lago. Por causa de mudanças climáticas acontecidas faz uns 10.000 anos, o lago evaporou-se deixando descobertos os depósitos salinos.
Trata-se do maior complexo de sal do mundo. Estas salinas cobrem 16.000 km2 e formam o leito do antigo lago Makgadikgadi, cuja evaporação se iniciou há vários milénios.
O Okavango, a Noroeste, fez parte do lago Makgadikgadi e é o maior delta interior do mundo. Proporciona um habitat para diversas espécies. Entre elas, elefantes, búfalos africanos, hipopótamos, girafas, crocodilos do Nilo, leões, leopardos, hienas, antílopes, rinocerontes, zebras, javalis… e umas 400 espécies de pássaros.
No entanto, o governo apresou planos para construir uma barragem na região de Caprivi para regular o fluido da água o que poderia ser o fim da vida selvagem e da vegetação do delta.

miércoles, 8 de abril de 2009

Arte e Natureza (As tribos do OMO, Etiopia)



As tribos do OMO vivem num grande vale situado entre Etiópia, Sudão e Kénia, por onde passa o rio Omo. Esta região vulcânica do grande vale do Rift, que lentamente se separa de África, oferece uma paleta imensa de pigmentos, ocre vermelho, caulim branco, verde cobre, amarelo luminoso ou cinzento.
Com um corpo esbelto de dois metros de altura este povo dá livre curso aos seus dotes artísticos. A força da sua arte está nas mãos, na velocidade e na liberdade.
O vale baixo do Omo, situada na parte baixa do lago Turkana, foi declarado Património da Humanidade em 1980. Existe neste lugar um jazigo paleontológico entre os mais importantes de África. Contém restos de hominídeos de entre 1,7 e 4 milhões de anos, entre eles os fósseis mais antigos conhecidos do Homo Sapiens, de uns 195.000 anos.



(Fotografias de Hans Silvester)

lunes, 6 de abril de 2009