miércoles, 22 de julio de 2009

ARCO-ÍRIS (Canção pigmeia)





Encontrei este bonito poema pigmeu que quero partilhar aqui com todos.

Khwa! Yé oh! Khwa! Arco-íris! Oh, arco-íris,
tu que brilhas lá em cima,
tão altopor cima da floresta!
No meio das nuvens negras,
dividindo o céu sombrio,
derribaste aos teus pés,
vencedor na luta,
o trovão que rugia,
que rugia muito alto, irritado.
Estás zangado connosco?
No meio das negras nuvens,
dividindo o céu sombrio,
como a faca que corta o fruto demasiado maduro,
Arco-íris, Arco-íris.
E o trovão matador de homens
fugiu como a antílope da pantera,
fugiu,
Arco-íris, Arco-íris!
Poderoso Arco do caçador dos céus,
do caçador que persegue o rebanho de nuvens,
como um rebanho de elefantes assustados,
Arco-íris, agradece o Todo-poderoso.
Diz-lhe que não se zangue.
Diz-lhe que não se irrite.
Diz-lhe que não nos mate.
Porque temos muito medo,
Arco-íris, por favor.


Traduçao do Francês: Ema Pires

viernes, 3 de julio de 2009

Djibuti - O Lago Abhe







Na língua afar, abhé significa “podre”, devido à presença de compostos de enxofre. A paisagem é apocalíptica, com chaminés calcárias, antigas fumarolas marinhas que demonstram a presença de um antigo lago de 6.000 anos.
O lago Abbe está situado numa depressão do Afar, na fronteira entre Etiópia a Oeste e Djibouti a Leste. Recebe as águas do rio Awash mas sendo endorreico não tem escoadouro e o seu nível mantém-se pela evaporação das águas salgadas que formam concreções de sais. Está unido a outros cinco lagos: o lago Afambo, o lago Bario, o lago Gargori, o lago Gummare e o lago Laitali. De origem tectónico, o lago Abbe é relativamente pouco profundo, aproximadamente uns 9 metros.
Geólogos franceses de Djibouti realizaram um estudo exaustivo do lago Abbé que permitiu fazer uma cronologia precisa deste lago. Há aproximadamente 8.000 anos, uma série de sacudidas sísmicas nesta parte do continente desviaram o curso do rio Awash, cujo curso se desviou para Norte para formar outras extensões pantanosas conhecidas hoje como Gargori e Gamarri. Sem água, o lago Abbé secou e as chaminés das profundidades apareceram no meio de um oceano de lama. Parecem torres de uma cidade fantasma. Um mundo assombroso com centenares de chaminés calcárias em forma de agulha e fontes permanentes de água quente.